quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Cd Versus Vinil , A Guerra Continua



A saga da sobrevivência dos velhos discos de vinil diante das tecnologias digitais já rendeu boas novelas. Normalmente o discurso de ambas as partes é carregado de sentimentos apaixonados, razões de ordem econômica e até mesmo valores ecológicos. No final das contas, ninguém ganha a guerra, mas o assunto rende Ibope.

Um dado recente fez a discussão ganhar novos entornos. A Folha de S. Paulo publicou um artigo agora em janeiro dizendo que a venda de vinil cresceu 89% nos EUA em 2008 , um dado relevante para o eterno racha e um sinal inesperado para quem considerava a batalha consumada e ganha pelos cd´s.

O Dj Luiz Pareto, residente da noite Freak Chic no club D-Edge em São Paulo, não abandonou o vinil completamente. "Uso vinil, ou melhor, também uso vinil. O som é redondo, gordo e o manejo é muito bom. Foi assim que aprendi a tocar, né! Daí tem o lado afetivo da coisa. Fora isso, o vinil estressa menos os ouvidos", explica.

No entanto, quando o DJ entrega os números do seu case, o CD com MP3s e WAVs é usado para justificar a praticidade do negócio e viabilizar seu próprio trabalho. "Hoje em dia, bem mais da metade do meu set é feito com CDs de MP3s e WAVs porque a alfândega, o correio, a Polícia Federal e todo mundo envolvido na importação dos vinis vive em greve.

Cada vez é um que entra em greve. Os discos atrasam muito e quando chegam já está todo mundo tocando as músicas em digital. Dá até raiva! Fora que com todo esse pesadelo da importação ainda se paga uma fortuna de taxa para proteger uma indústria de vinil nacional que simplesmente não existe", conclui.


fonte:

www.robsonmichel.blogspot.com

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