quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Projeto de lei que prevê diploma divide DJs

Em trâmite no Senado, um projeto de lei gera certa polêmica ao propor a regulamentação da profissão do DJ. o projeto é composto por dezenas de artigos.

Entre os pontos que têm motivado controvérsia entre profissionais, estão o que condiciona o exercício da atividade de DJ a um registro prévio na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho,o que determina ao profissional a apresentação de diploma de curso profissionalizante reconhecido pelo MEC ou pelo sindicato da categoria, além de um atestado de capacitação profissional fornecido pelo sindicato e o o que prevê a participação de 70% de DJs nacionais quando um evento escalar um DJ estrangeiro .

Para o paulista Magal, 43 anos, que discoteca há 25 anos não precisa de Diploma " Um DJ não precisa ter diploma para tocar. Conheço muita gente que nunca fez escola de DJ e que sabe tocar muito bem. A esta altura, não preciso fazer aula para aprender a discotecar", afirma .

Já Bunnys, DJ há 18 anos, defende o projeto. " Ninguém ainda entendeu a lei como ela efetivamente é. Mas é um ponto positivo para a profissionalização do negócio. Talvez ajude a sociedade a entender que ser DJ é uma profissão, não é um oba-oba. Por esse lado, a lei é muito importante. E serve para criar um vínculo empregatício com as empresas. Dá uma segurança maior para o DJ", defende.
Bunnys é proprietário da escola DJ Ban, em São Paulo.

O terceiro ponto, que prevê uma espécie de cota para DJs nacionais, é considerado inócuo por gente do meio, pois a maioria dos eventos que escalam DJs estrangeiros já contam com profissionais brasileiros na escalação.

"No caso dos DJs, cuja atuação é essencialmente prática, com formação nas ruas, chega a ser um tanto esdrúxula a exigência de 'diploma'. O legislador, a pretexto de regulamentar, soterra a graça e a beleza de uma atividade artística que nasce da transgressão e cresce por meio da prática um tanto anárquica", escreveu a vereadora paulistana Soninha Francine (PPS) em seu site.

O projeto de lei 740, de 2007, já passou pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, e teve como relatora Rosalba Ciarlini (DEM-RN).O projeto passará por votação no plenário do Senado. Se aprovado, vai para a Câmara dos Deputados. Se aprovado, vai para sanção do presidente.


fonte :
www.robsonmichel.blogspot.com


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